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QUAL A RELAÇÃO ENTRE TEMPESTIVIDADE E GERENCIAMENTO DE RESULTADO CONTÁBIL E OPERACIONAL?
Última alteração: 2023-10-11
Resumo
Essa pesquisa tem como objetivo verificar a relação existente entre a tempestividade e o gerenciamento de resultado contábil e operacional. Para isso, selecionou-se 228 empresas de capital aberto não financeiras listadas na B3, no período de 2011 a 2022, que totalizam 2.736 observações. Os dados foram organizados em painel balanceado para possibilitar o controle por efeitos fixos ou por efeitos aleatórios e gerar mais robustez aos resultados. Primeiramente, utilizou-se os modelos de Kothari et al. (2005) e Roychowdhurry (2006) para mensurar, respectivamente, os gerenciamentos de resultado contábil e operacional. Em outra etapa, três novos modelos foram gerados para verificar a relação entre o gerenciamento de resultado e a tempestividade, em que cada modelo possui uma proxy diferente de tempestividade como variável dependente (defasagem na publicação, publicação atrasada e defasagem da publicação após o atraso). A partir dos testes de Chow, Breusch-Pagan e Hausman foi identificado para todos os cinco modelos que o controle mais eficaz se dá por meio de efeitos fixos. Os resultados indicam que quanto maior o gerenciamento de resultado contábil, maior é a probabilidade das empresas perderem o prazo de publicação das demonstrações contábeis (publicar após 31/03), e quanto maior o gerenciamento de resultado operacional, mais as empresas demoram para publicar a partir do final do exercício (31/12), mesmo após perderem o prazo de publicação. Dessa forma, há evidências de que companhias que gerenciam são menos tempestivas. Essa sinalização pode ser relevante para diversos usuários, como investidores, credores, auditores, reguladores e para os próprios gestores das empresas.
Palavras-chave
Tempestividade; Gerenciamento de Resultado Operacional; Gerenciamento de Resultado Contábil.
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