FACC/UFRJ, I Congresso Nacional de Administração e Ciências Contábeis – AdCont 2010

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Desempenho do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bolsa de Valores de São Paulo sob a ótica do Índice de Sharpe
Rodrigo Alves de Melo, João Victor da Paschoa Manhães, Marcelo Alvaro da Silva Macedo

Prédio: Universidade Cândido Mendes
Sala: Sala 4
Data: 2010-10-28 04:30  – 07:00
Última alteração: 2010-10-15

Resumo


O tema responsabilidade socioambiental ocupa hoje grande espaço na produção acadêmica, na mídia e nos negócios. Assim sendo, pode-se destacar o debate sobre a ação socioambiental das empresas, dimensão que tem sido uma das mais propagadas no meio empresarial. Neste contexto, este artigo tem como objetivo avaliar, por meio de testes estatísticos, se o Índice de Sharpe (IS) do ISE é semelhante ao Índice de Sharpe de outros índices de mercado, ou se o seu retorno ajustado ao risco é diferenciado dos demais pelo fato de sua carteira teórica ser somente composta por ações de empresas que possuem práticas socialmente responsáveis. Em outras palavras, esta pesquisa buscou investigar, entre dezembro de 2005 e novembro de 2009, se o retorno ajustado ao risco – mensurado através do Índice de Sharpe – do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), o que é composto por empresas reconhecidamente comprometidas com a responsabilidade socioambiental, é estatisticamente igual ao retorno ajustado ao risco de outros índices de ações da Bovespa cujos critérios de seleção não levam necessariamente em consideração a prática da Responsabilidade Social Corporativa. Para tanto, no cálculo dos IS mensal de cada índice de mercado utilizou-se como taxa livre de risco o CDI. Os resultados mostram que não há diferenças significativas entre os Índices de Sharpe do ISE, do Ibovespa, do IBrX, do IBrX-50 e do IGC no período estudado. O resultado também sugere a existência da Hipótese da Eficiência de Mercado (HEM), pois se um mercado é eficiente ele não permite que um investidor obtenha retornos acima da média sem incorrer também em riscos maiores, já que todos os ativos estariam com seus preços em equilíbrio.